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sexta-feira, 11 de março de 2011

E A VIDA CONTINUA...

"A vida é feito andar de bicicleta: se parar você cai.
Vai em frente sem parar, que a parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha tá perdida e que você voltou pro ponto de partida.
Vai à luta, levanta, revida!
Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar, que é errando que se aprende que o caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito simples - vai em frente que você entende.
Boa sorte, firme e forte, vai com a força da mente.
Vai sabendo que não há nenhum peso que você não agüente.
Vai na marra, vai na garra, vai em frente."
 
 
"Já não choro mais minhas perdas,agradeço a experiência."



"Ante os que partiram, precedendo-te na Grande Mudança, não permitas que o desespero te ensombre o coração.
Eles não morreram. Estão vivos.
Eles sabem igualmente quanto dói a separação.
Conhecem o pranto da despedida e te recordam as mãos trementes no adeus, conservando na acústica do espírito as palavras que pronunciaste, quando não mais conseguiram responder as interpelações que articulaste no auge da amargura. Não admitas estejam eles indiferentes ao teu caminho ou à tua dor.
Pensa neles com a saudade convertida em oração.
Contempla os céus em que mundos inumeráveis nos falam da união sem adeus e ouvirás a voz deles no próprio coração, a dizer-te que não caminharam na direção da noite, mas sim ao encontro de Novo Despertar."
Emmanuel


Faço esta postagem pois ontem sofri duas perdas, uma foi de meu pai José e outra minha gata Nina.

Os dois sofreram muito.

A Nina era muito apegada ao meu pai e, de certa forma, "percebia" o sofrimento dele.

Meus pais e a gata Nina

Mas eu gostaria de falar de algumas circunstâncias que me emocionaram...
 
Quando meu pai dava os últimos suspiros, a Nina estava no quarto, parecendo saber o que aconteceria. E não arredou as patas de lá. Ela também estava bem mal e só estava viva porque, como era quarta-feira de cinzas, não foi possivel realizar a eutanásia por falta do serviço de retirada de seu corpinho da clínica.


Ontem, dia do enterro do meu pai, ela ficou o dia todo em sua caminha, sem se levantar sequer para comer.
Diante do seu sofrimento, precisei chegar do cemitério e levá-la à clínica veterinária.

Meu pai faleceu em casa, cercado dos filhos e de minha mãe.
Seu velório foi calmo, cheio de amigos queridos e parentes. 

Enquanto velávamos seu corpo, chega sua neta carregando seu filhinho. 


Foi uma imagem bonita e que descreve o ciclo da vida: enquanto uns partem, outros chegam. 

Foi um dia de sol.

Chega o momento da despedida final e o tempo começa a fechar, cheio de nuvens escuras.
Enquanto o cortejo segue em direção à sepultura, sentimos as primeiras gotas de chuva.
Chegando ao local do sepultamento, cai uma chuva forte, dessas de lavar a alma. 

A chuva cessa assim que o sepultamento termina. O sol volta.

... E a vida continua.




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